SINIAV: chip nos veículos a partir de Janeiro de 2016

Entenda como funciona o sistema que irá tornar mais segura a frota de veículos do país.

O trânsito tem sido um dos principais problemas nas metrópoles do Brasil. Os engarrafamentos ou congestionamentos ainda são os mais comentados, mas não podemos esquecer dos problemas que existem em todo o sistema de transporte, aqui representados com roubos de carga e de veículos particulares, filas nos pedágios e falta de segurança no trânsito.

O novo SINIAV (Sistema de Identificação Automática de Veículos) que está sendo colocado em prática pelo DENATRAN (Departamento Nacional de Trânsito) vem de encontro à esta necessidade de melhorar o tráfego de veículos nas grandes cidades brasileiras.

Sucintamente, o sistema batizado de SINIAV prevê a inserção de chips eletrônicos nos veículos para que os mesmos sejam identificados e rastreados, de forma eletrônica, por antenas estrategicamente colocadas nas cidades. Tais antenas enviarão informações para as centrais de processamento que irão verificar a situação do veículo analisado, tais como clonagem de veículos, multas, licenciamento e IPVA.

Se o funcionamento do projeto for alcançado de forma positiva, em breve teremos mais tranquilidade ao trafegar pelas ruas e avenidas das grandes cidades. Além da diminuição dos congestionamentos, será possível gerenciar melhor o tráfego de veículos e preparar as vias para suportar os crescentes volumes no fluxo de veículos, tanto dentro das cidades quanto nas estradas.

Confira o slideshow que explica o funcionamento do SINIAV de forma ilustrada.

Estrutura necessária

Para instalar o SINIAV em uma cidade é necessário utilizar uma grande quantidade de componentes, o mais simples deles é o chip eletrônico que pode ser colado nos para-brisas dos carros e no quadro ou garfo dianteiro das motos. Esse chip deve conter várias informações, como número serial do chip, placa, chassi, código RENAVAM do carro e também dados privados, para veículos de empresas.

Para que a comunicação entre as placas eletrônicas e as centrais de processamento seja feita, são utilizadas as chamadas antenas transmissoras. O DENATRAN exige que todas as antenas permitam a leitura e a gravação de dados nos chips analisados. Além disso, para que a leitura possa ser realizada é necessário que os veículos estejam em velocidades de até 160 km/h e para a gravação dos dados, que trafeguem até 80 km/h. Também é importante levar em consideração o alcance das antenas, que deve ser de pelo menos cinco metros. Elas também têm que oferecer pelo menos 99,9% de desempenho nas leituras dos veículos que passarem em seu raio de alcance. As informações capturadas pelos sensores são enviadas a outros equipamentos por meio de comunicação segura.

Haverá em cada DETRAN estadual uma central de recepção de informações. Quando os dados enviados pelas antenas forem recebidos, os mesmos devem ser sincronizados com centrais nacionais para que, assim que necessário, sejam emitidos alertas sobre sequestros, furtos ou roubos de cargas.

Funcionalidades e utilizações

Existem várias aplicações práticas que representarão um enorme avanço na tecnologia empregada na fiscalização e no controle do trânsito. A seguir, os principais desafios que surgem junto com a implantação do SINIAV.

Organização do Trânsito

Grande parte dos moradores das grandes cidades anseia por esta função, mas para que a organização do fluxo de tráfego seja feita é imprescindível que todos os veículos estejam cadastrados no SINIAV. Este tipo de melhoria só irá acontecer a partir de 2016, ano em que o sistema deve começar a ser implantado.

A ideia é que sejam criados fluxos em grandes cruzamentos, ou seja, os semáforos serão controlados de acordo com o volume de veículos em cada sentido. Para isso, antenas de rastreio serão instaladas e permitirão que as centrais automáticas controlem os semáforos. Com isso, eles não serão mais controlados por tempo, mas sim por demanda.

Fiscalização Eletrônica

A partir do SINIAV, a fiscalização eletrônica deve ganhar um novo significado. Quando um veículo estiver trafegando de forma irregular, ou seja, não pagamento de multas, problemas com licenciamento ou impostos atrasados, as antenas emitirão informações às centrais.

As centrais passarão as informações para os policiais de trânsito que serão responsáveis pela fiscalização de veículos em uma abordagem policial, por exemplo. Assim, caso haja alguma blitz programada, este veículo irregular será parado automaticamente e o motorista será autuado.

Mais segurança contra roubos

Com o uso do sistema eletrônico, quando um veículo for roubado, o proprietário deve informar à polícia e dessa forma quando o carro passar por alguma antena de fiscalização SINIAV, a localização do mesmo será enviada à polícia.

Apesar de não serem tão eficientes quanto os equipamentos de rastreamento por GPS, as antenas podem fornecer dados essenciais para que os responsáveis pela busca possam fechar o cerco contra os bandidos. É uma maneira rápida e prática para localizar carros em movimento.

Também para empresas privadas

Esta vantagem já pode ser vista em muitos shoppings das grandes cidades. Cadastrando-se em alguns serviços ou pagando antecipadamente, os motoristas entram e saem de shoppings, mercados e outros estabelecimentos sem pagar estacionamento, uma vez que a conexão eletrônica pode ser feita rapidamente.

O mesmo procedimento funciona hoje nos postos de pedágio. O grande desafio é criar sistemas que possibilitem o pagamento de multas leves referentes à paradas em local proibido ou então a compra de cartões de estacionamento para que até este tipo de ação seja feita de forma mais dinâmica do que é atualmente.

Rastreamento de cargas

Disponibilizado para empresas de transporte, funciona de forma similar ao rastreamento de veículos roubados. Quando os caminhões estiverem cadastrados, toda vez que um deles passar por uma antena, os dados serão atualizados nas centrais do DENATRAN e enviados para a empresa contratante.

É possível assim garantir mais segurança aos motoristas e empresários, que podem localizar suas cargas mais rapidamente, já que carretas também devem ganhar seus próprios chips (independentes do chip utilizado no cavalo), além de melhorar a fiscalização do transporte.

Data para início

O projeto, discutido desde 2006, agora tem prazo para se tornar realidade. Deve iniciar obrigatoriamente em todo o território nacional, a partir janeiro de 2016 sendo facultada a antecipação pelos órgãos do Sistema Nacional de Trânsito. O cronograma de emplacamento eletrônico dos veículos será definido e publicado pelo DENATRAN. Os ciclomotores, motonetas, motocicletas, triciclos e quadriciclos, reboque e semirreboque terão prazos diferenciados para a instalação da "placa eletrônica".

Quais veículos devem ser cadastrados?

De acordo com a Resolução do DENATRAN, "nenhum veículo automotor, elétrico, reboque e semirreboque poderá ser licenciado e transitar pelas vias terrestres abertas à circulação sem estar equipado com a placa eletrônica de que trata esta Resolução".

Ou seja, todas as motos, carros, carretas para carregamento de barcos, reboques e quaisquer outros que trafeguem por via terrestre (salvo veículos bélicos militares) deverão possuir placas eletrônicas cadastradas nos servidores do SINIAV.

Fábrica: Rua Ismael Pinto de Noronha, 100 – CEP 37502-508 – Nossa Senhora de Fátima – Itajubá – MG – Tel: (35) 3621-7638

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